Blocos de Rega de Beringel-Beja, Monte do Almocreva

No quadro da execução dos Blocos de Rega de Beringel-Beja, os trabalhos no sítio do Monte do Almocreva decorreram nos dias 23 a 28 de Abril de 2015. Iniciaram-se no seguimento da descoberta, em trabalhos de acompanhamento arqueológico, de duas interfaces negativas escavadas no substrato geológico.

Foram escavadas três interfaces negativas de plano irregular, com fundo também irregular. Não foi possível aferir a sua funcionalidade, podendo apenas especular-se tratarem-se de fundos de estruturas tipo cabana ou eventualmente de estruturas funerárias, sendo esta hipótese menos plausível dado que não foram encontrados vestígios osteológicos humanos ou materiais associados a contextos funerários.

Permaneceu a dúvida sobre se as duas interfaces negativas identificadas na sondagem 2 seriam contemporâneas em termos de construção (não foi visível ligação estratigráfica direta entre estes dois contextos) e, sendo esse o caso, se se trataria eventualmente de uma única estrutura negativa.

No que respeita aos materiais arqueológicos recolhidos, estes respeitaram fundamentalmente a fragmentos cerâmicos de fabrico manual, grande parte com brunimento, cronologicamente enquadráveis na Idade do Bronze (Final). Para além dos referidos fragmentos, salientou-se a recolha de fragmentos de uma fíbula da Idade do Ferro que avançou a cronologia obtida pelos restantes materiais, sendo este facto explicável com a perturbação dos contextos mais antigos (Idade do Bronze) por ações posteriores não identificadas aquando desta intervenção.

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