Acompanhamento Arqueológico - Linha Alqueva-Sines

A ERA-Arqueologia levou a cabo trabalhos de prospecção e acompanhamento arqueológicos nas Linhas Aéreas de Alta Tensão Alqueva-Ferreira do Alentejo e Ferreira do Alentejo-Sines 2. Numa etapa prévia às prospecções efectuou-se uma pesquisa bibliográfica de forma a identificar os sítios já conhecidos na área a ser afectada, e proceder à sua relocalização. Estas visavam a identificação de eventuais sítios ainda não registados e determinar quais as medidas de impacte necessárias em cada caso específico.

Pretendia-se com o acompanhamento arqueológico identificar situações de impacte negativo sobre o património arqueológico provocadas pela obra, e sobre as quais não se dispunha de qualquer indicação, nem bibliográfica, nem de prospecções. Tendo em conta este objectivo procedeu-se a um acompanhamento sistemático de todas as remoções de terra até se atingir o substrato geológico, ficando desta forma salvaguardada qualquer estrutura arqueológica, positiva ou negativa.

Registaram-se 41 sítios arqueológicos sobre os quais se poderia verificar um impacte negativo. Contudo, em apenas três casos o impacte negativo seria directo – Porto Torrão, Poço do Chão Frio 3 e Monte dos Vales 1- tendo-se mencionado os restantes porque se encontravam nas imediações da linha, e qualquer alteração do traçado teria que levar em consideração esses sítios.

Os dados das prospecções arqueológicas não representaram um aumento signifactivo na informação já disponível, resumindo-se a vestígios de cerâmica comum de época recente ou indeterminada. A expressividade destes vestígios não representava uma condicionante à construção da linha, e durante o acompanhamento acabou por não se verificar qualquer indício em estratigrafia.

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