Circuito Hidráulico de Baleizão – Quintos (Beja), sítio de Monte das Cabeceiras 2

Efectuadas em Dezembro de 2012, estas acções arqueológicas inseriram-se na perspectiva de minimização de impactes patrimoniais de uma área a afectar pela empreitada de construção do Circuito Hidráulico Baleizão-Quintos e Respectivo Bloco de Rega, no concelho de Beja, freguesia de Cabeça Gorda.

A intervenção surgiu da possibilidade de interferência desta empreitada com o sítio nº 337 – Monte das Cabeceiras 2, referenciado em Estudo de Impacte Ambiental como mancha de dispersão de material cerâmico e lítico, enquadrável em tipologias da pré-história recente. Assim, considerou-se necessário, em fase prévia à obra, realizar sondagens manuais arqueológicas de diagnóstico na área de afectação directa do projecto.

A mancha de dispersão de material, composta sobretudo por fragmentos de cerâmica de tipologias enquadráveis na Idade do Bronze e algum material lítico em quartzo e sílex, apresentou-se bastante concentrada ao longo de aproximadamente 250 metros através do eixo de implantação do projecto de construção.

As 16 sondagens foram implantadas ao longo de um eixo de 250 metros, em áreas onde a prospecção prévia identificou as maiores concentrações de material arqueológico. A estratigrafia posta em evidência nas sondagens foi bastante homogénea, variando entre os 50 e os 80 centímetros até ao substrato estéril.

As sondagens 1, 2, 3, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13 e 16 expuseram prováveis estruturas negativas, com sedimentos de composição argilosa e material cerâmico e lítico coevo com a cronologia proposta, escavadas no substrato base, com planta sub-circular ou rectangular e diâmetros variáveis. Estas ocorrências indiciaram a existência de uma ocupação efectiva deste espaço, não só no corredor a afectar pela implantação do projecto de construção da conduta, como também na sua envolvente.

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