Linha Prelada-Vermoim (220 kV)

Enquadrado no enterro da linha elétrica de muito alta tensão (220 kV) que liga a Subestação da Prelada (Porto) à Subestação de Vermoim, localizada no concelho da Maia, este acompanhamento arqueológico desenrolou-se entre Maio de 2012 e Abril 2013. Visou-se a minimização de impactes sobre o património resultantes da abertura de valas e caixas de junção, com o fim de prevenir e verificar o grau de afetação de áreas com potencial arqueológico.

A estratigrafia do terreno resumiu-se a estratos de deposição recentes e de regularização da via, isto em contexto urbano; em meios agrícolas, caso da Quinta do Mosteiro, o terreno é lavrado com alguma periodicidade, colocando os elementos cerâmicos recolhidos fora de contexto. O mesmo no tocante às pedras com marcas de uso, reaproveitadas para construções recentes, tanques e leiras. Fez-se alusão a este tipo de vestígios, mas não há uma coerência na sua deposição, não tendo sido possível identificar qualquer contexto preservado.

O grau de revolvimento dos solos é elevado, mesmo junto a áreas abrangidas como de Interesse Patrimonial, como a ligação da Rua Santos Lessa e a Rua da Lionesa, junto ao Mosteiro de Leça do Balio. A partir de oitenta centímetros do solo surgiram infraestruturas, sendo a mais evidente um tubo de 500 m, implantado a 1.20 m de profundidade, que atravessa na diagonal todo o terreno, tendo afectado todos os contextos eventualmente preservados.

Neste âmbito, foram registadas e recolhidas algumas cerâmicas, nomeadamente de construção, provavelmente de períodos mais antigos. Em suma, refira-se que, no decorrer desta empreitada, os únicos elementos registados de interesse patrimonial são de cariz etnográfico, não se tendo observado qualquer vestígio de cariz arqueológico.

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