Jardim Botânico do Palácio Nacional de Queluz

O acompanhamento arqueológico desenvolvido no âmbito dos trabalhos de reconstrução dos contrafortes das floreiras localizadas no Jardim Botânico do Palácio Nacional de Queluz teve lugar no dia 8 de Novembro de 2017.

Estes trabalhos procuraram dar resposta ao parecer da DGPC que propunha “como medida cautelar de salvaguarda do património arqueológico, a realização de acompanhamento arqueológico da intervenção que vier a ser aprovada”. O projeto, tendo em vista a estabilização das floreiras do Jardim Botânico junto à margem do Rio Jamor, propunha-se recuperar os contrafortes existentes e executar novos onde já não existem.

A metodologia de intervenção passaria pela escavação para a fundação dos contrafortes, seguida da reconstrução dos contrafortes em alvenaria de pedra basáltica idêntica à existente no local e argamassa de cal hidráulica como ligante, materiais idênticos aos dos contrafortes já existentes e em boas condições.

O acompanhamento consistiu na observação da remoção de sedimento em redor do remanescente de contrafortes em alvenaria, de suporte a estruturas tipo floreira, numa faixa de cerca de 0,2 m em toda a sua envolvência, com uma profundidade que nunca excedeu os 0,5 m. Nos casos dos contrafortes 4, 8 e 9, que se encontravam muito destruídos, e onde não foi possível encontrar os vestígios das estruturas, foi aberto um cabouco sub-quadrangular com cerca de 0,5 m x 0,5 m, com uma profundidade máxima de 0,5 m.

Não foram encontrados vestígios arqueológicos no decorrer destes trabalhos, sendo o depósito intervencionado caracterizado por um sedimento de matriz arenosa, de cor castanha, com a presença frequente de cerâmica muito rolada e de lixo de cronologia contemporânea, nomeadamente plásticos, resultante da ação mobilizadora do curso de água.

Por fim, refira-se que não foi necessária a aplicação de qualquer medida de minimização.

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