Projeto de Execução de Recuperação Ambiental da Área Mineira de Aljustrel

Os trabalhos arqueológicos integrados no Projeto de Execução de Recuperação Ambiental da Área Mineira de Aljustrel (4ª Empreitada) incidiram sobretudo na área mineira de Algares, embora também tenham decorrido trabalhos nas áreas mineiras de São João e Pedras Brancas. Adjudicados pela Tomás de Oliveira, Empreiteiros S. A., decorreram entre os meses de Abril de 2014 e Julho de 2015.

O projeto incluiu um conjunto diverso de trabalhos de recuperação ambiental que abarcaram, entre outros, descontaminação, aterro e selagem de diferentes áreas; drenagens e descontaminação de águas; instalação de saneamento; plantação de árvores ou criação de caminhos pedonais. Estes podiam implicar a afetação de áreas que com potencial arqueológico, dada a proximidade de sítios arqueológicos, nomeadamente na área mineira de São João, destacando-se nesta zona o Castro ou “Cerro da Mangancha”, e na área mineira de Algares.

Ao nível dos trabalhos arqueológicos, estes englobaram o acompanhamento arqueológico permanente de todas as ações realizadas por via mecânica ou manual, de forma sistemática e permanente que implicassem remeximento do subsolo (escavação, desmatação, decapagens, montagem de estaleiro, abertura de caminhos de acesso, áreas de empréstimo e vazadouro). Durante estes trabalhos foram essencialmente afetados níveis de aterro e outros lixos, associados ao funcionamento do complexo mineiro em período contemporâneo.

Pontualmente foram identificadas algumas estruturas, incluindo muretes de sustentação de terras, antigas canalizações, antigos alicerces ou antigos equipamentos industriais (como tanques de cimentação), que se associam ao momento de exploração/extração mineira em Aljustrel durante os séculos XIX e XX. Não se identificaram outros contextos arqueológicos preservados. 

 

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