Real Fábrica de Gelo de Montejunto, Cadaval

Efetuados por técnicos da ERA-Arqueologia, os trabalhos de observação visual e de registo dos fenómenos de degradação e alteração das edificações que compõem a Real Fábrica de Gelo de Montejunto, também designada Fábrica de Neve da Serra de Montejunto, decorreram no Outono de 2016. 

A Real Fábrica de Gelo de Montejunto constitui uma unidade produtiva do período das manufacturas, composta por um conjunto de edificações setecentistas destinadas à produção e à conservação de gelo, incluindo as estruturas do sistema de captação de água.

O conjunto, classificado como Monumento Nacional, é composto por dois grupos de construções de funções complementares: o primeiro, destinado à produção do gelo, integra dois poços de captação de água, os vestígios de um edifício, possível armazém, onde se acionavam as noras (designado “casa da nora”), um tanque principal ou depósito de recepção e 44 tanques rasos (geleiras) para congelamento de água; o segundo, reservado à preparação, armazenamento e conservação, é constituído por um edifício destinado ao tratamento do gelo e três poços de armazenamento, denominado “edifício dos silos”. 

Foram também consultadas as fontes documentais disponíveis, bem como a bibliografia relevante, no âmbito das intervenções a propor. Estas consistem, fundamentalmente, em ações de manutenção e restauro, com metodologias adequadas às características específicas das edificações, quer no que se refere aos trabalhos preparatórios, quer nas diferentes frentes de atuação. 

Pretendia-se desenvolver um conjunto de ações de carácter preventivo, respeitando os princípios da conservação e os conceitos de autenticidade, reversibilidade e compatibilidade, recomendados pelas cartas e convenções internacionais e pelas normas portuguesas em vigor. 

Cofinanciado por: