Igreja de Santiago do Castelo de Palmela
A ERA realizou trabalhos de conservação e restauro dos vitrais da capela-mor pertencentes à Igreja de Santiago do Castelo de Palmela, datada do século XV, e que representa um marco de grande importância no panorama do gótico nacional, assinalando o estabelecimento da ordem religiosa de Santiago em Portugal.
Os trabalhos decorreram em duas fases distintas no decurso dos meses de abril a julho de 2021. A primeira fase abrangeu os vitrais e a cantaria correspondente. Na segunda fase interveio-se nas cantarias interiores, exteriores e ao longo dos contrafortes.
O principal objetivo da intervenção de conservação e restauro realizada foi de promover a salvaguarda dos vitrais localizados no alçado norte da capela-mor da Igreja de Santiago. Estes encontravam-se num estado e conservação razoável, sendo que apresentavam algumas patologias estruturais que promoviam a entrada de água e consequentemente a sua constante degradação, assim como a do espaço envolvente. Esta situação impedia também a utilização o espaço para exposições.
Considera-se que o objetivo foi integralmente alcançado, uma vez que os vitrais foram alvo de um conjunto de operações que travou o processo de decaimento em que se encontravam, assim como o extermínio de raízes que se poderiam tornar bastante prejudiciais para a estrutura do vitral e para as cantarias que o suportam.
Na perspetiva da conservação e restauro, foi significativamente benéfica a realização desta intervenção, já que permitiu colmatar as patologias mencionadas e devolver o valor de uso ao espaço envolvente, promovendo e valorizando o património da Câmara Municipal de Palmela.
Por fim, recomendou-se a realização de um plano de manutenção do local, onde se contemple a inspeção anual do sítio, para avaliar o estado de conservação dos vitrais, assim como controlar o crescimento de plantas de cariz superior nos contrafortes através de ações de manutenção periódicas. O plano de manutenção deveria ter em conta as variações de comportamento entre as estações climatéricas mais secas e as mais húmidas.