Monte da Quinta 2, freguesia da Barrosa, Benavente

Os trabalhos arqueológicos no sítio do Monte da Quinta 2, situado na freguesia da Barrosa, concelho de Benavente, enquadraram-se na aplicação de medidas de minimização de impactes do empreendimento da A13 sobre o património arqueológico. Face à ocorrência de cerâmica manual na zona revolvida pelas máquinas, o IPA exigiu a realização de sondagens arqueológicas manuais, trabalhos que foram adjudicados à ERA-Arqueologia e assumiram um cariz de intervenção de diagnóstico.

A importância científica dos contextos identificados nessa primeira fase dos trabalhos conduziu ao alargamento das áreas intervencionadas e à abertura de novas sondagens, agora com um cariz de intervenção de salvamento. Perante a importância dos resultados obtidos e face à necessidade de compreensão dos vestígios, em especial no que respeita à organização e utilização do espaço, foi decidida uma intervenção em área.

Monte da Quinta 2.

Através da escavação em área procurou-se caracterizar a ocupação do sítio em termos cronológicos, culturais e funcionais, delimitar o sítio na área afectada e avaliar o nível de destruição sofrido por esta estação arqueológica. A intervenção permitiu identificar, registar e compreender uma série de contextos de grande importância científica relacionados com uma área de produção de sal datável do Neolítico Final (eventualmente Calcolítico Inicial).

Sendo possível que a área abrangida pelo sítio arqueológico se estendesse para Oeste, à restante plataforma não abrangida pelas obras do empreendimento da A13, foi possível observar aí em fotografia aérea o que poderia ser uma estrutura negativa de formato circular, de dimensões consideráveis, que demarcaria um outro espaço. A confirmar-se esta possibilidade (o que só poderia ser feito com futuros trabalhos no local), a interpretação dos contextos agora escavados ficaria em grande parte dependente do conhecimento desse espaço anexo.

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