Pedreira de Vale da Pedreira, Rio Maior

Estes trabalhos arqueológicos de prospeção sistemática inseriram-se no EIA da pedreira de Vale da Pedreira (Rio Maior) promovido pela MGCB, Consultores em Engenharia, Lda. Numa primeira fase, procedeu-se à recolha bibliográfica sobre a área em estudo, à qual se seguiu a prospeção da zona abrangida pelo projeto, efetuada pela ERA-Arqueologia no dia 6 de Abril de 2006.

As ações desenvolvidas tiveram como objetivo a identificação de vestígios de património arqueológico e edificado no espaço abrangido por este empreendimento. A sua identificação teve em vista a avaliação de impactes e preconização de medidas de minimização, antecedentes à execução do projeto.

O estudo de impactes patrimoniais para a área em questão teve como resultado a identificação de uma única ocorrência patrimonial, um marco de propriedade em calcário com uma cruz semelhante à da Ordem de Cristo, encontrado fora da propriedade.

O facto de cerca de 90 % dos terrenos prospectados apresentarem visibilidade nula ou muito reduzida condicionou fortemente a identificação de outras ocorrências patrimoniais.  Assim, propôs-se que a área fosse desmatada de forma a que pudessem ser aí identificados vestígios de caráter patrimonial.

 

2014

Embora se tivesse realizado uma prospeção da área em 2006, a alteração do projeto, com a redução da zona abrangida pelo alargamento da pedreira de Vale da Pedreira, levou a uma nova deslocação de uma equipa que prospetou a área de afetação definida. Promovida pela Gold Fluvium, esta segunda intervenção no local decorreu no dia 11 de Março de 2014.

A execução do trabalho compreendeu três fases. Durante a primeira fase, procedeu-se à análise da informação recolhida durante os trabalhos anteriores; posteriormente, numa segunda fase, foi realizada a prospeção da área abrangida pelo projeto. Por último, foi elaborado um relatório técnico com os resultados do trabalho.

O estudo de impactes patrimoniais teve como resultado, uma vez mais, a identificação de uma única ocorrência patrimonial, o supracitado marco de propriedade em calcário com um cruz semelhante à Cruz da Ordem de Cristo, que se encontra fora da área da propriedade.

Também à semelhança de 2006, o facto de cerca de 90% da área prospetada apresentar visibilidade nula foi sem dúvida uma forte condicionante à identificação de outras possíveis ocorrências patrimoniais, pelo que se voltou a propor que a área fosse desmatada com o objetivo de confirmar a não a existência de vestígios de caráter patrimonial no espaço abrangido pelo projeto.

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