Casa Fogaça, Lagos

O acompanhamento arqueológico efectuado no âmbito da empreitada de reabilitação da Casa Fogaça, em Lagos, decorreu entre 9 de Outubro de 2006 e 13 de Fevereiro de 2008. Esta obra, que compreendeu as remoções de terras (abertura de valas) para a implantação de infra-estruturas (água, electricidade e saneamento), fez parte do plano de recuperação deste edifício para nele se instalar futuramente a Oficina da Ciência Viva.

Assinalaram-se vários elementos de índole arqueológica durante a intervenção. Refira-se, a título de exemplo, no compartimento 13 do R/C, o aparecimento de material osteológico no corte Oeste deste espaço, consistindo num conjunto de diversas peças ósseas dispostas de forma aparentemente aleatória, misturadas com terra e pedras de diversos tamanhos.

No compartimento 2 do R/C, este escavado na rocha, distinguiu-se o seu tecto de forma abobadada constituído essencialmente por tijoleira. No compartimento 26 do 1º piso, derivado a uma derrocada do muro existente a Oeste do compartimento, efectuou-se a limpeza do corte Oeste, que colocou a descoberto três inumações primárias. Aluda-se também ao aparecimento, no pátio frontal da casa, de uma calçada constituída na parte central por tijolo burro e nas partes laterais por calçada de seixo.

Foi ainda possível, tendo em conta que as paredes dos compartimentos 10, 11 e 12 se encontravam destituídas de rebocos, proceder a um levantamento parietal dos alçados Noroeste e Oeste, efectuando o registo gráfico e a descrição das realidades estratigráficas identificáveis.


 

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