Travessa do Pinheiro, nº 23, Lisboa

O acompanhamento arqueológico efectuado na Travessa do Pinheiro, nº 23, em Lisboa, no âmbito da abertura de uma vala para a colocação de cabos de telecomunicações de interligação de CVP’S (entre Multioperador e PT - ORAC Estrela), teve lugar no dia 24 de Abril de 2007. Enquadrou-se numa perspectiva de minimização de impactes sobre eventuais vestígios e contextos patrimoniais a serem afectados pelas intervenções em curso.

A sequência estratigráfica observada revelou-se relativamente “dinâmica”, correspondendo a um conjunto de intervenções realizadas num mesmo espaço físico, mas num curto intervalo de tempo. Com efeito, relaciona-se com a sobreposição de tubagens de cabos e respectivas areias de sinalização, contextos evidentemente contemporâneos (meados do séc. XX).

Por outro lado, pôde dizer-se que este traçado da vala coincidiu com o da última vala aberta para a implantação de infraestruturas deste género. No entanto, o segmento aberto na travessia da faixa de rodagem (NE/SO), que faria a ligação à caixa fronteira ao nº 23 da Travessa, permitiu aferir que as ditas valas foram abertas directamente no substrato natural, praticamente à superfície, tendo-se apenas afectado parcialmente este depósito.

Este substrato pareceu, pois, ser estéril em vestígios arqueológicos, nomeadamente de edificações, pelo menos na reduzida área que corresponde ao traçado desta vala. Neste sentido consideraram-se cumpridos os objectivos inicialmente propostos no plano de trabalhos, não se tendo detectado a presença de vestígios arqueológicos na área afectada pela vala.

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