Rua do Barão, n.º 2-4, e Travessa das Merceeiras, n.º 16, Lisboa

Estas acções de diagnóstico arqueológico enquadraram-se no âmbito da aplicação de medidas de minimização de impactes sobre o património arqueológico decorrentes da empreitada de reabilitação do edifício sito na Rua do Barão, n.º 2-4, e Travessa das Merceeiras, n.º 16, em Lisboa.

O imóvel insere-se na Zona Especial de Protecção conjunta da Sé de Lisboa, da Igreja de Santo António; da Igreja da Madalena (portal); das Lápides das Pedras Negras; da Igreja da Conceição Velha e da Casa dos Bicos – Z.E.P. publicada na Portaria n.º 213m de 11 de Setembro de 1961 e ainda na Zona de Protecção do Castelo de São Jorge e restos das cercas de Lisboa, imóvel classificado como Monumento Nacional pelo Decreto de 16/06/1910.

Com efeito, situado num local de grande potencial arqueológico, o prédio encontra-se em zona de Nível 1 do PDM, o que condiciona quaisquer trabalhos de construção civil à realização prévia de acções arqueológicas. Assim, foram realizadas, de acordo com o Plano de Trabalhos apresentado ao IGESPAR IP, duas sondagens de diagnóstico de 2,5mx2,5m, perfazendo uma área total de 12,5m2.

Face aos resultados obtidos com a execução da sondagens, constatou-se que a área sondada incidia somente sobre níveis de carácter maioritariamente geológico e sobre zonas de implantação de infraestruturas do prédio, de cronologia contemporânea.

Neste sentido, considerando o carácter aleatório destes trabalhos e as imposições legais inerentes à localização do edifício face a um conjunto alargado de monumentos classificados, propôs-se a realização de acompanhamento arqueológico sempre que ocorressem movimentações de terras. Caso surgisse uma alteração dos contextos, teria que ser ponderada uma alteração de metodologia e, eventualmente, a concretização de escavações arqueológicas de modo a permitir uma melhor caracterização desses contextos.

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