Palacete Ribeiro da Cunha e Rua da Alegria, nº 76-104, Lisboa

As acções arqueológicas realizadas, entre 3 e 18 de Agosto de 2011, no âmbito do projecto do Fundo Imobiliário de Reabilitação Urbana do Príncipe Real enquadraram-se numa perspectiva de minimização de impactes sobre o património e consistiram na execução de sondagens de diagnóstico na zona do jardim do Palacete Ribeiro da Cunha e Edifício na Rua da Alegria, nº 76-104, em Lisboa.

Estes trabalhos resultaram de uma avaliação preliminar do potencial arqueológico, que consistiu na limpeza dos cortes resultantes das sondagens geotécnicas efectuadas e na consequente leitura estratigráfica dos mesmos (Simão, 2010). Tendo em conta os resultados desta avaliação preliminar, foram realizadas duas sondagens de diagnóstico na zona do jardim do Palacete Ribeiro da Cunha e três sondagens no edifício da Rua da Alegria nº 76-104.

As sondagens efectuadas no jardim do Palacete Ribeiro da Cunha possibilitaram a identificação de realidades associadas à ocupação do espaço de jardim, caracterizado por sucessivas remodelações ao longo dos finais do século XVIII – inícios do século XX. Relativamente às três sondagens realizadas no edifício da Rua da Alegria, os contextos identificados relacionam-se com o aterro do espaço, no intuito de atenuar a pendente natural da encosta, num momento posterior ao terramoto que abalou Lisboa em 1755.

Assim, foi preconizado como medida de minimização o acompanhamento arqueológico permanente de todas as acções realizadas por via mecânica ou manual que implicassem remeximento do subsolo (escavação e decapagens) ou outras (por exemplo, levantamento de pavimentos, picagem/desmonte de paredes) que pudessem implicar afectação de bens patrimoniais.

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