Rua da Infantaria

Foi realizado o acompanhamento arqueológico presencial com afectação à totalidade da obra, durante todas as fases de movimentação de terras, abertura de valas, travessias, e caixas para a inclusão de infraestruturas de comunicações. Tal como já introduzimos no resumo do presente relatório, a metodologia aplicada seguiu os princípios propostos por E. Harris (1979), ou seja, a correcta delimitação das diferentes interfaces identificadas, correspondentes a outras tantas realidades. O que permite uma leitura dos ritmos de sobreposição temporal. Segundo estes princípios a realidade mínima a registar é a Unidade Estratigráfica, que se pode revelar como um depósito, vala ou estrutura, contendo características próprias e individualizáveis em termos de forma, cor, tipo de formação geológica, compactação, entre outros… podendo ser de origem natural ou antrópica.

Os trabalhos de acompanhamento arqueológico tiveram como finalidade essencial a detecção de eventuais vestígios arqueológicos e/ou patrimoniais durante as fases de movimentação de terras realizadas no local, no âmbito da execução da empreitada. Bem como a sua caracterização em termos de valor científico e patrimonial e proposta de eventuais medidas de minimização a aplicar em fases subsequentes com vista à salvaguarda patrimonial. Através da definição de uma estratégia geral de intervenção, tivemos também como objectivo, garantir a execução de todos os trabalhos de construção civil previsto, compatibilizando a sua evolução com a salvaguarda do património arqueológico.

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