Sítio Arqueológico da Sobreira de Cima, Sepulcro 5

Na sequência da confirmação dos resultados dos trabalhos de prospecção geofísica adjudicados no âmbito da minimização de impactes da empreitada de construção da Subestação de Alqueva 400/60 kV sobre a necrópole neolítica da Sobreira de Cima, foi confirmada a presença de um novo sepulcro em área a afectar, designado por Sepulcro 5.

Em face dessa detecção procedeu-se à escavação integral do referido sepulcro, trabalhos que decorreram até dia 30 de Março de 2007. O Sepulcro 5 corresponde a uma sepultura de inumação colectiva escavada no substracto rochoso xistoso, arquitectonicamente composta por uma câmara funerária, à qual se acedia por um átrio/corredor que daria acesso à abertura de entrada na câmara.

Deste modo, pôde atribuir-se uma cronologia Neolítica à construção e utilização deste monumento funerário, cujo espólio (tal como o do Sepulcro 1) apresentou uma componente fortemente arcaizante, apontando para os momentos mais antigos do fenómeno megalítico desta e doutras regiões peninsulares. Esta situação e as características arquitectónicas únicas da entrada deste sepulcro artificialmente escavado na rocha conferem-lhe uma singularidade no conjunto dos monumentos intervencionados nesta necrópole, revelando uma pluralidade de soluções dentro de uma opção arquitectónica específica.

Todo o registo necessário à documentação das realidades intervencionadas foi realizado, quer no que respeita à representação gráfica de cortes, plantas e alçados, quer no se que refere à descrição das unidades estratigráficas identificadas. O sepulcro, tanto na câmara como no átrio/corredor, foi integralmente escavado, pelo que, do ponto de vista da escavação e registo arqueológico, poderia ser liberto de condicionantes.

 

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