Villas Romanas de Santa Suzana e do Freixo, Redondo

Os trabalhos de prospeção geofísica realizados no âmbito do projeto de investigação Santa Suzana Archaeological Program 2019, nos sítios de Santa Suzana e no Freixo, decorreram em 2019. Ambos os sítios são de cronologia romana, sendo característicos deste tipo de ocupação em âmbito rural.

Os dados obtidos podem ser interpretados em função das características dos projetos desenvolvidos. Por um lado, as imagens produzidas podem ser um valioso auxílio na estratégia futura das intervenções arqueológicas, permitindo a colocação de sondagens em áreas concretas. Por outro, a confirmarem-se a presença de determinadas estruturas, agora consideradas como anomalias, os dados poderão ser novamente tratados e afinados, produzindo uma imagem mais fiel ao registo arqueológico e permitindo uma reconstituição da planimetria estrutural dos sítios. 

No caso da Villa Romana do Freixo, os resultados confirmaram o observado à superfície, a presença de vestígios estruturais de época romana. Contudo, os trabalhos agrícolas que ali decorreram levaram a que os sinais recolhidos dos derrubes se sobrepusessem às estruturas arqueológicas, mascarando-as.

Na Villa Romana de Santa Suzana, os registos obtidos são de certa forma excecionais, sendo muito provavelmente, a seguir à Cidade Romana de Ammaia, o sítio romano com maior área de prospeção geofísica, cerca de 5 hectares. Neste caso, é possível não apenas observar as manchas de derrubes, mas também uma série de alinhamentos, compartimentos, canalizações, fornos e estruturas negativas.

Tendo em conta estes dados, sugeriu-se a continuação dos trabalhos, recomendando-se também a utilização de outros métodos geofísicos, nomeadamente a resistividade elétrica, que permitirá uma maior definição dos compartimentos. 

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