Rua do Arco do Marquês do Alegrete, Lisboa

As obras que implicaram remoção de terras no âmbito da implementação da rede de gás natural no centro histórico de Lisboa, nomeadamente na zona classificada da Baixa, requereram acompanhamento arqueológico. Foi neste contexto que a ERA-Arqueologia iniciou acções em 25 de Fevereiro de 2000, na sequência da decisão da GDL de interromper os trabalhos em virtude da destruição parcial de uma estrutura abobadada na Rua do Arco do Marquês do Alegrete.

Perante a especificidade do trabalho de acompanhamento, e na ausência de uma atempada programação, os trabalhos arqueológicos decorreram sob grande pressão resultante da progressão das obras em ambiente urbano.

O acompanhamento arqueológico nas zonas históricas de Lisboa visa a minimização de impacto negativo sobre estruturas e contextos arqueológicos. Nesse sentido, foi recolhida informação o mais detalhada possível, já que se teve de conciliar o trabalho específico de obra com a componente arqueológica e patrimonial. A coordenação entre estes dois processos é essencial para que os objectivos do trabalho sejam atingidos.

Assim, a título de exemplo, face à presença de uma estrutura arqueológica na Rua do Arco do Marquês do Alegrete, localizada no percurso estipulado para passar a tubagem do gás, realizaram-se entre 16 e 18 de Março pequenas sondas mecânicas, devidamente acompanhadas por um arqueólogo, com o intento de desviar o percurso da obra. Tendo-se estas revelado estéreis do ponto de vista arqueológico, a ERA emitiu um parecer positivo relativamente à alteração do percurso inicial, de modo a este não colidir com a estrutura e a obra poder avançar.

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