Casa Fogaça/Oficina da Ciência Viva, Lagos

Os trabalhos arqueológicos realizados, em 2007, na Casa Fogaça/Oficina da Ciência Viva, em Lagos, inseriram-se numa perspectiva de minimização de impactes patrimoniais na área a afectar para a construção dos caboucos para colocação de escadarias. Executaram-se 3 sondagens, numa área total de 6 m2, duas na área do corredor sobranceiro à Plataforma 3 (Sondagens 1 e 2) e a terceira numa zona contígua (inferior) à Plataforma 2.

Na Sondagem 1 não se registou qualquer contexto arqueológico preservado, apenas realidades enquadráveis em Época Contemporânea, relacionadas com a utilização do espaço em momento imediatamente anterior à presente obra. Verificou-se, na Sondagem 2, uma estrutura negativa, sendo que os materiais recolhidos no depósito de enchimento indicaram uma cronologia dos séculos XVII-XVIII. Esta fossa foi posteriormente cortada pela vala de fundação do muro actual.

Na Sondagem 3 registou-se uma estrutura de alvenaria, com orientação SE-NW, cuja vala de fundação cortou uma sucessão de depósitos interpretados como entulhos/aterros, com uma cronologia enquadrável nos séculos XVII-XVIII. Recolheram-se fragmentos de louça malegueira, datados do século XVI; no entanto, foram minoritários no conjunto e coexistiram com materiais de cronologia posterior.

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